sábado, 21 de maio de 2011

O tempo

Apenas uma sacudida pra me livrar da poeira, pode resumir bastante essa postagem. Sei lá, não estou escrevendo pra ninguém em especial só tive vontade de escrever algo que não faz sentido nenhum.
Ultimamente ando vendo os olhos com outros olhos. Anos atrás eu olhava pras pessoas com olhos inquisidores e inocentes, pensava que as pessoas que me rodeavam podiam ser apenas meros robos, afinal, eu só conhecia a minha consciência. Olhava os meu pais e via aquelas duas imagens, seres assexuados, cuja única função que eu conhecia era serem inabaláveis, eles me proviam do que eu precisava, me aliviavam dos meus tormentos e estavam sempre lá para tudo.
Acho que na vida realmente não se pode pular etapas. Quantas vezes já me peguei sonhando acordado com o futuro, ser independente, ter uma vida formada? Mas todos nó precisamos passar pelas fases. Experiências criam pessoas mais maduras. Hoje eu sei o quão frágeis meus pais são, já vi eles chorarem, adoecerem, se amarem, se odiarem. Hoje eu sei que eu nada sei. Hoje eu olho pra frente e começo a entender que pra qualquer lugar onde meu olhar vagueie, não existem robos e seres alienados, livres de toda e qualquer forma de problemas. São apenas pessoas, com traumas, incertezas, felicidades e tristezas.




Nós estamos sempre escolhendo caminhos, não me iludo. Hoje eu sei que nada é pra sempre, e nunca acaba o sofrimento, o que me leva a seguinte pergunta: será que o caminho que eu trilharei trará felicidades que superem as tristezas? Só o tempo dirá.