Ultimamente ando vendo os olhos com outros olhos. Anos atrás eu olhava pras pessoas com olhos inquisidores e inocentes, pensava que as pessoas que me rodeavam podiam ser apenas meros robos, afinal, eu só conhecia a minha consciência. Olhava os meu pais e via aquelas duas imagens, seres assexuados, cuja única função que eu conhecia era serem inabaláveis, eles me proviam do que eu precisava, me aliviavam dos meus tormentos e estavam sempre lá para tudo.
Acho que na vida realmente não se pode pular etapas. Quantas vezes já me peguei sonhando acordado com o futuro, ser independente, ter uma vida formada? Mas todos nó precisamos passar pelas fases. Experiências criam pessoas mais maduras. Hoje eu sei o quão frágeis meus pais são, já vi eles chorarem, adoecerem, se amarem, se odiarem. Hoje eu sei que eu nada sei. Hoje eu olho pra frente e começo a entender que pra qualquer lugar onde meu olhar vagueie, não existem robos e seres alienados, livres de toda e qualquer forma de problemas. São apenas pessoas, com traumas, incertezas, felicidades e tristezas.

Nós estamos sempre escolhendo caminhos, não me iludo. Hoje eu sei que nada é pra sempre, e nunca acaba o sofrimento, o que me leva a seguinte pergunta: será que o caminho que eu trilharei trará felicidades que superem as tristezas? Só o tempo dirá.
Talvez as trsitezas sejam maiores, mas no final das contas, é pros momentos felizes que vivemos, mesmo que sejam minúsculos. E isso provavelmente é o q faz tudo valer a pena.
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